domingo, 31 de agosto de 2008

Ele é fiel

Estamos nos preparando para cantar com o coral da Igreja de Cristo no próximo mês. E uma das canções escolhidas que sempre fala muito ao meu coração é a que se chama "Ele é fiel". Se pela voz suave da Silvia ou pela letra profunda, o importante é a conclusão a que se chega: Ele é fiel, apesar de eu não o ser. E, mesmo não sendo um convite ao comodismo cristão, saber que Deus permanece fiel, independente de mim, é um alívio.

Transcrevo, assim, a letra desta canção e espero que vocês, assim como eu, se sintam agradecidos pela fidelidade incondicional de Deus.

"Em momentos de dor
E através das lágrimas
Há um Deus que é fiel a mim

Quando a força se vai 
E canção já não há
Seu Amor é fiel a mim

Suas promessas está a cumprir
O que era impossível
Deus fez por mim

Ele é fiel
Fiel a mim
Seu amor e Seu perdão
Eu vi
Em meu ser me questiono
E na fé já falhei
Mas Ele é fiel
Fiel a mim

Quando eu me perdi
Não conseguia mais orar
Mas meu Deus foi fiel a mim

Desperdicei o meu viver
Procurando meu prazer
Mesmo assim, foi fiel a mim

Toda vez que eu busco a Jesus
com Seus braços abertos
Me espera outra vez

Ele é fiel
Fiel a mim
Seu amor e seu perdão
Eu vi
Em meu ser me questiono
E na fé já falhei
Mas Ele é fiel
Fiel a mim"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Os otimistas

Passei o dia todo com essa tela em branco na minha frente. O dia todo pensando no que escrever. Tantas coisas aconteceram nos últimos dias, que ainda estou pondo tudo em ordem antes de tirar a lição de moral.

Entre tantas indas e vindas, me deparei com uma senhora no aeroporto, que sorria com verdadeira felicidade. O suficiente para que seu rosto se tornasse vermelho e seus olhos brilhassem. Enquanto esperávamos a bagagem sair daquele buraco profundo e misterioso que leva aos carrinhos da Infraero, ela chegou com dois botões de rosas vermelhas, combinando com a cor de seu cabelo. E a cor da sua tez mudou enquanto explicava à amiga que o marido levava flores todas as vezes que ela chegava de viagem. Aos 33 anos de casamento, ainda era uma surpresa vê-lo chegando com as rosas. E ficou vermelha como as flores. Os dois filhos, segundo ela mesma disse em tom vitorioso e orgulhoso, eram tão galantes quanto o pai. 

Em Araxá, conheci essa assessora. Os anos de profissão denunciavam a maturidade. Ainda assim, mesmo tendo morado em Paris, Londres, Estados Unidos, como correspondente do Estadão, passado por dois casamentos - e, agora, de namorado novo - não se abateu em três dias integrais de seminário. Em nenhum momento, apesar do cansaço, foi desagradável, rabugenta ou murmurou. Em todos os dias estava sorridente, como lhe é peculiar, preocupada com o bem-estar dos convidados e colegas, interessada nos infindáveis dados apresentados. E ainda teve forças para, ao voltar a São Paulo, ir a Guarapari, debaixo de chuva, para passar o domingo com a mãe.

Num dia complicado de trabalho, abri meu email e lá estava a resposta de um amigo colorado, me contando que tinha decidido assumir publicamente seu namoro e me convidando para ir ao "casamento do meu melhor amigo". A aposta alta no relacionamento superou todas as expectativas e temos uma borboleta (que não sou eu) que ganhou um jardim! 

Esperando por um vôo em São Paulo, um americano que está trabalhando no Brasil me mandou uma mensagem de texto. Me disse que infelizmente não poderia se encontrar comigo porque estava "preso" na polícia Federal...não, ele não fez nada de errado! Estava apenas renovando o visto. Lembrou da chuva e do frio que estava em São Paulo e se alegrou porque eu não precisaria sair do aeroporto e enfrentar a "garoa". Me mandou um smile e me desejou "the best flight ever!".

Por telefone, minha amiga querida me ouviu por algum tempo. Riu comigo das dificuldades da viagem - e das que tinham ficado pela cidade também. Compartilhou pensamentos, problemas, preocupações, mas sem perder o bom humor e sem deixar de desejar que eu aproveitasse o tempo não só com trabalho, mas com descanso e silêncio de qualidade. Mesmo com todas minhas argumentações e desculpas, ela não se abateu e mais uma vez se fez presente nos meus dias conturbados.

Lembrando desses fatos, só posso chegar a uma única lição de moral, que me foi ensinada esses dias pelo ex-coordenador dos programas de envelhecimento da Organização Mundial de Saúde, Alexandre Kalache, segundo o qual, "quem é otimista vive melhor e vive por mais tempo". Em pequenos detalhes encontrei pessoas que conseguem sorrir mesmo quando nem tudo vai bem, que SÃO felizes mesmo quando não ESTÃO felizes (já leram isto em algum outro lugar, vizinhos?), que são otimistas quanto ao que ainda está por vir. Encontrei pessoas que me fizeram pensar nas minhas queixas e perceber que há coisas melhores a se fazer do que sofrer o tempo todo. Encontrei pessoas que conseguem superar o mal.

E pensei: por que não eu? Uma vez, minha mais doce amiga me disse algo memorável: "se é para sofrer e para chorar, que seja aos pés do Senhor. Porque só Ele pode entender, consolar e fazer algo a respeito por você". Que a lição sirva para todos nós. E sejamos otimistas para vivermos mais e melhor.

sábado, 16 de agosto de 2008

Pedindo ajuda aos universitários

Entre os muitos livros que ocupam minha cabeceira (estou com cinco começados a ler, ali, olhando pra mim), senti falta de um que me ajudasse a ter uma direção. Se pela falta de tempo para ler - mentira. É questão de interesse mesmo -, ou porque os assuntos atuais não atendem minhas perspectivas, o fato é que estou entulhada de material começado a ler e prometido a ser terminado. Não feliz com isso e sem disposição para dar continuidade aos últimos temas - tem até um que fala sobre como escrever um livro! hehehe -, fui até à estante, no andar de baixo, e busquei um novo título: Uma vida com propósitos, do Rick Warren.

Não sei quantos de vocês já leram este livro e o estudaram. Eu já tentei começar umas três vezes. Essa vai ser a quarta tentativa. Não é que seja uma leitura chata (às vezes, é), mas é que o livro me exige um compromisso comigo mesma que não consigo manter. 

Por isso, peço a ajuda dos universitários: alguém pode me explicar que fenômeno é este em que eu consigo me comprometer fielmente a uma empresa, a um trabalho, a uma igreja, a um blog, a alguns amigos, mas não consigo responder ao meu próprio chamamento?!

Qualidade de vida é algo tão almejado, mas, ao mesmo tempo, tão desrespeitado pra/por mim! Continuo na expectativa de conseguir tirar, sei lá quantos minutos por dia, para estudar o livrinho de 276 páginas (294, se contar os três apêndices), mas tem sempre algo mais urgente passando na frente do meu bem-estar...há algum jeito de me comprometer comigo, sem que isso seja um enooooooorme sacrifício????
 

Especialmente colorado

Tenho pensado muito sobre você, nos últimos dias. Recontei algumas vezes o último capítulo da nossa novela a alguns espectadores e eles ainda torcem para que o mocinho e a mocinha tenham um reencontro.

Não sei qual a possibilidade de que você tenha acesso a este texto. Não sei com que freqüência vem me visitar - se é que vem. Mas queria registrar que todos estavam certos e eu, me encontro errada: sinto sua falta. Me mordo de ciúme porque seu coração encontrou feedback em outro lugar. Me sinto ofendida por ter perdido sua atenção.

Infelizmente, a música ainda não mudou. "Big girls don't cry" continua sendo a trilha sonora da minha vida. E, por mais que eu tente me convencer do contrário, sei que a amizade só sobrevive, hoje, pelas lembranças. Impossível para nós, com uma história como a nossa, começar novos episódios sem deixar que o ranso do passado nos acompanhe.

Tudo bem. Não me iludo. Não me chateio com sua ausência. Tudo bem. Nada disso é verdade. Não sei, contudo do que mais sinto falta: da sua insistência por um futuro ou se do amigo desligado. Uma coisa é certa: as risadas estão sendo acumuladas. Guardadas para o dia que você resolver voltar e me fazer rir por pouca coisa...como é a sua especialidade.

Felicidades no seu caminho. Se ele chegar ao destino proposto, que seja para fazê-lo realizado. E se isso se der, me dou por satisfeita.

Bjs.
(Há mais de um ano - dia 04/06, para ser mais exata - eu escrevi coisas semelhantes aqui pra vc....engraçado que quem me mandou a musiquinha foi você! rs)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Decidindo quem fica e quem vai, se eu fico ou se eu vou

Não pense que me conhece. Você não sabe por quais caminhos andei para chegar até aqui. Não tente me desconstruir. A ponte que atravessei confeccionou o cimento em que me assentou.

Não sou dura o suficiente para não desmoronar. Não sou tão frágil para ser derrubada no primeiro sopro. Não tenho todas as respostas para quem tem todas as perguntas.

Não sou eu sozinha. Sou o resultado do complexo emaranhado de palavras, pessoas e situações que formaram minha história.

Não me olhe de longe e tire conclusões. Peça um lugar e te coloco ao meu lado. Não queira ser mero espectador de mim. Caminhe comigo algumas léguas. Você me verá sorrir e chorar. E não prometo que não vai se envolver.

Não se aproxime se não for ficar. Mas se ficar, deixe uma impressão marcante. O suficiente para que o tempo não me faça esquecer você.

"Meu vício, agora, é a madrugada"

Há uma música do Kid Abelha que diz "meu vício, agora, é a madrugada"..... Essa sou eu. O tempo desperdiçado durante o dia com tantas distrações é compensado pelas horas noite a dentro.

Minha inspiração troca o dia pela noite. Ela se veste de preto, ajeita a maquiagem, arruma o penteado, põe o casaco, calça suas botas de cano longo e sai para a "balada" depois da meia-noite.

Ela me põe em apuros quando Hypnos, o "deus do sono" da mitologia grega, me ataca antes que ela esteja pronta para curtir. A luta é ferrenha entre o ardor dos olhos que insistem em fechar e as milhares de idéias que pululam na minha mente quando a cabeça encontra o travesseiro.

Fã de carteirinha das músicas que acompanham meus momentos noturnos, a inspiração move meus dedos na velocidade estonteante e barulhenta com que martelo o teclado. Dois textos para o blog (este é o terceiro), dois para o trabalho. Falta um, ainda, para terminar a jornada desta segunda-feira garfieldiana. 

Mas a inspiração não me permitiria falar por tanto tempo só de coisas sérias. E por isso, concluo outro recital blogueiro, antes de retomar minha obrigação massacrante.

O fuio da paiede

Se eu pudesse acrescentar àquela lista de Natal um desejo a mais que fosse, pediria não apenas o material que escrevi, mas pediria para ser liberta de mim. De parar com tanto sofrimento inexplicável, de abrir mão dos desejos não realizados, de esquecer o que, um dia, foi mágoa.

Eu pediria para ter um dia mais leve, com as lamúrias sendo reduzidas a cada instante, passando do muito para o pouco e, depois, para o de vez em quando, até alcançar o nunca.

Aumentaria àquela lista a vontade de não ter mãos vazias, mas sempre cheias de oportunidades aproveitadas, de situações bem vividas, de amizades respeitadas, de momentos agradáveis.

Eu gostaria de uma alma mais leve, de um coração mais aberto, de um medo menor da dor, de relacionamentos mais tranqüilos. 

Se eu pudesse, pediria, sim, a liberdade, mas acompanhada, não mais este tempo solitário e insosso. Descreveria as aventuras que viveria se tivesse a possibilidade do amanhã sorridente.

Ah...se eu simplesmente ousasse pedir de volta aquela lista e tivesse a coragem de admitir que o escudo não me protege mais, o forte está esburacado por toda parte e o vento já me atinge, ao invés de maquiar uma segurança que não existe mais....

Se, somente, eu não fosse essa tola criança que olha o Pai com medo da repreensão ao invés de reconhecer nEle a proteção que eu preciso, eu poderia acrescentar à minha lista dias felizes e folgados, livres, simplesmente, livres de mim. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ponte aérea

Voltei de São Paulo. Por incrível que pareça, viagem tranqüila e sem nenhum contratempo. Pelo contrário. Quer dizer, tirando a chuva e o tempo (absurdamente) frio, tudo foi muito divertido. Não, não fui a São Paulo para passear, mas foi o que acabei fazendo. Em algum momento, aliás, isso tinha de acontecer, não é?

O fato é que o trabalho que fui fazer por lá terminou bem antes do que eu esperava e fiquei com dois dias (DOIS DIAS!!!) inteiramente livres antes de voltar pra casa. Passeei no Conjunto Nacional - confesso que, desta vez, só cheguei até a porta da Cultura, tirei foto, mandei pra Tita e fui almoçar no shopping em frente -, descobri um Starbucks na rua onde sempre fico hospedada, quase fui ao cinema, consegui manter minha dieta quase intacta (pelo menos por algumas refeições) e descansei.

O silêncio que prometi buscar, no entanto, se transformou em deliciosos períodos de sono. Dormi muito. Aproveitei o chuveiro quente do hotel. Comprei coisinhas de menina (sabonetinhos, pinças, shampoozinhos, cremes diferentes...) na Onofre da esquina e tomei muita água.

Depois, resolvi visitar os amigos paulistas. Minha querida Pra. Nilzete, que no ano passado me deu abrigo no Rio de Janeiro, voltou para a cidade da garoa e tem um apartamento em Diadema, me recebeu com carinho de mãe no final de semana. Resolvi visitar, também, o trabalho social onde meu amigo Rafael está desenvolvendo o ministério. Este rapaz tem sido uma bênção na minha vida e olha que tudo por mensagens de celular!

Uma viagem de Diadema para a divisa de Igaratá (depois de Santa Isabel). Levei mais de três horas para ir e voltar. Mas valeu a pena. Ver o trabalho da Casa de Recuperação Efatá mantida pelo Desafio Jovem foi um bálsamo. E ver o Rafael empolgado a mostrar o lugar, as pessoas e o que eles fazem foi animador.

Na volta, passei na Sé para ver a praça. Sempre quis fazer isso, mas sempre ia lá à noite...voltei e peguei o metrô para casa, mas, é claro, passei um pouco de aventur
a e fiquei um tanto perdida, mesmo sem sair do ônibus que ia me levar da estação Saúde até Diadema, bairro do Campanário, rua Curió. 1h30 minutos depois de pegar a condução, desisti de ficar indo e vindo e desci, debaixo de chuva, no ponto em frente ao Jardim botânico para, finalmente, pegar um ônibus certo, que me deixou na porta de casa. Ufa!

Terminei o sábado com um culto delicioso de jovens na Igreja Metodista Livre. A pedido da minha anfitriã, levei a mensagem, com base em Jonas 4: 1-10. Deus foi misericordioso e se fez presente. Presente do céu aquele momento. 

Domingo, dia de vir embora, ganhei uma carona básica até Guarulhos. Do contrário, iria de ônibus-metrô-taxi. Acho que meu pequeno tamanho enterneceu o coração dos irmãos, que se dispuseram a me levar até o aeroporto. De volta para casa, agradeci pelo calor e sequidão da minha terra.

Ver a família foi ótimo! Ver meu pai foi tão especial! Ver meu avô, que já está quase totalmente carequinha por causa da quimioterapia, foi um presente. E assim, mais uma viagem terminou bem e já espero pela próxima. Até porque voltar sempre também é tão gostoso!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cumprimentos de despedida

"Podemos ir?", ele perguntou com um sorriso cansado. Apertei sua mão e disse que sim.

Mal abrimos a porta e uma rajada de vento nos atravessou. Ele olhou pra mim e eu entendi o que significava. Era hora de nos separarmos, cada um seguir seu caminho.

Eu, segurando o cabelo que insistia em tampar meu rosto, ele tentando proteger os olhos do vendaval. Não vi quando ele virou a esquina. Ele não viu quando entrei no taxi.

Há três anos não nos vemos, não nos visitamos. Uma vez, o vi passar pela rua, mas nos entreolhamos como dois desconhecidos.

Naquela noite de ventania, o cansaço do esforço contínuo tomou o lugar das nossas brincadeiras. Não nos servia mais a companhia um do outro.

Nunca mais me lembrei daquela noite, até agora. Com o canto do olho, eu vi sua penumbra a acenar-me um adeus que, por entre os fios dos cabelos ao vento, não consegui definir no momento.

Não sei se me viu lançar-lhe um beijo na escuridão noturna. Sentíamos como amigos de longa data que se separariam pela distância de suas casas. Ele, especial. Eu, especial.

Agora, procuro por um endereço, um número, um e-mail de contato. Muito tempo se passou desde aquele último encontro. E já é hora de nos revermos. É hora de reconhecer o amor e despertar o amigo que, de solidão, hibernou em lugar desconhecido e longe da minha atenção.

Sim, vc disse.

Eu sou, por natureza, alguém inquieto. Não me sinto à vontade no silêncio. Não me peça para esperar por coisa alguma. Imediatismo e ativismo são características marcantes. Se me orgulho disso? Às vezes, sim, às vezes não. 

Essa urgência pelo agora me ajuda a reagir em momentos de letargia. Essa glossolalia irremediável me ajuda a preencher os espaços. Essa correria inata me ajuda a me manter alerta.

Mas essa urgência pelo agora me deixa irritada, frustrada e ansiosa. Essa glossolalia irremediável não me deixa ouvir o que estou dizendo subconscientemente. Essa correria inata não me permite apreciar os segundos e o descanso.

Não, não precisa me dizer nada. Já aceitei o conselho dos vizinhos e estou pensando em me deletar por algum tempo, fugindo para um local isolado, em busca do silêncio que não respeito. 

Não quero discutir com os fatos: estou farta de mim. Não adianta brigar com o relógio de Deus. Ele não vai se mover por causa do meu capricho. Não adianta sussurrar no meu ouvido que preciso esperar, não desconfiar, não desanimar, mas "esperar com confiança no Senhor". O salmista só esqueceu de dizer que não era tão fácil assim...ou será que ele disse, mas eu, na pressa, pulei a mensagem das entrelinhas???? 

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

What for?

(C'mon, kid! Spit it out!)

Nota mental: não espere que porque seus sentimentos estão indo em uma direção, que os sentimentos dos outros vão ser idênticos ao seu. Não sr. Não é uma questão de falta de consideração. Apenas é algo que acontece (e, talvez, um pouco, sim, de falta de consideração...)

Ninguém é obrigado a amar alguém só porque este alguém se declara publicamente; ninguém é obrigado a retribuir a atenção só porque você usou de empatia; ninguém é obrigado a te contar um segredo só porque você confiou os seus a outrem; ninguém é obrigado a celebrar sua presença só porque seu coração se alegrou por ver pessoas queridas.... ninguém é obrigado a nada. Nem mesmo a ler o que vc diz, quer num blog, quer no seu olhar.

Talvez, feliz seja meu irmão que acredita piamente que bem-aventurado é aquele que nada espera, porque nunca se decepciona.