quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ajustando o foco

Na minha parede há um pequeno cartaz feito à mão, que fiz durante uma noite insone de trabalho, e que diz "Mantenha seu foco". Mas o lembrete vai muito além das minhas responsabilidades diárias. Ele me diz para pôr os meus olhos no autor e consumador da minha fé, no meu Pai, que pode tudo quando eu não posso mais. 

Mas, algumas vezes, eu passo agir como um amigo, de quem tive notícia hoje, que saiu de casa, deixou uma dívida de quase mil dólares com os pais e foi morar com uma mulher que ele conheceu há menos de três semanas pela internet - sem esquecer o detalhe de que ela nunca foi casada, mas tem quatro filhos. E quando isto acontece, me sinto muito independente e passo a olhar para as coisas que quero, as situações que controlo e os desejos do meu coração. 

Há algumas semanas, tive o privilégio de ouvir uma menininha de oito anos cantando. Ela, diante da platéia desconhecida de adultos, olhou para o moço com violão que a acompanhava, apenas uma vez. Depois, fixou seus olhos em seu pai, sentado na beira da cadeira, na quarta fileira, que balbuciava as palavras da música junto com ela. Em nenhum momento ela fechou os olhos, olhou para outro lado ou pareceu perdida. Ela olhava para seu pai e, enquanto fez isso, cantou toda a música, em inglês e português, sem tremer nenhuma vez.

E é assim que devo agir. A metáfora é verdadeira. A Bíblia nos diz para não desviar nem para a esquerda, nem para a direita. E quando tiramos nossos olhos de Deus, vagamos por todas as direções sem encontrar um rumo certo e ainda levamos, "de presente", quatro filhos, que não são nossos, para criar.

Mas quando nos espelhamos nAquele que nos ama com amor incondicional, fitamos nosso Pai, sentimos a segurança de cantar a música inteira até o fim. E é isto que quero me lembrar esta noite. De parar de olhar para as circusntâncias, para o meu medo, para o meu umbigo e olhar para o meu Pai. E seguir as notas que Ele está cantando, na tentativa de me guiar pela melodia correta.
 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Passado no passado

Parece que está tudo bem.
As fotos não mudaram, seu status não mudou, as mensagens não mudaram. 
Se tá bom, então tá bom.
Os sonhos voltaram a ocupar seus dias.
O contato ficou só no passado.
Parece-me que a escolha foi acertada.
Sair da sua vida foi o passo certo a ser dado.
E enquanto isso, parece que está tudo bem.
O sorriso não mudou.
Nem o número do telefone.
A saudade nem existe. 
Só, talvez, a curiosidade.
De saber se a vida tem sido justa pra você.
Se tá bom, então tá bom.
E a conclusão é uma só: parece que está tudo bem.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

You (all of you) are the grace of my life!

Madrugada a dentro e eu pensando na vida. Há um silêncio na casa, que só é interrompido pelo som dos meus dedos no teclado. Ainda há muito o que escrever. Ainda há muitas análises a fazer. Ainda há muito para se ponderar.

O sono vem chegando lentamente. Como um algoz pronto a me torturar com horas de descanso e sonhos infrutíferos. E rio da minha constatação. 

Tem chá quente na garrafa esperando que eu dê um gole. E a luz do abajour parece convidativa para mais uma reflexão. Amigos, amigos....poucos minutos de conversa e muitos risos depois, me descubro apaixonada pela presença de tais companheiros.

Não é possível fugir das obrigações e do martírio dos dias noticiosos. Mas esses momentos, tão preciosos, valem por toda a vida. 

Ao redor daquela mesa, qualquer assunto é válido. Desde a bobeira mais insólita até a informação mais séria. E, mesmo assim, uma palavra ambígüa é suficiente para nos fazer voltar a gargalhar.

Enquanto tudo ao meu redor está envolto em silêncio, na minha mente o barulho é constante: é som de dia bom, de descanso de olhos abertos, de mensagens nas entrelinhas de um sorriso, de carinho pela amiga que ficará fora, de saudade das poucas horas de distância, de segredos que guardamos uns dos outros e que fazem de nós a melhor das irmandades!