segunda-feira, 29 de junho de 2009

Senzala

A vida não é como um filme. O final feliz pode ser bem diferente do enredo imaginado. O dia hoje foi uma comprovação disso. Internamente, duelei por horas comigo mesma.

A descoberta do mau feito foi um lampejo de luz. Vi o que não queria enxergar. E por anos. Briguei até que as lágrimas romperam. Estou moída, quebrada, como se tivesse tomado uma surra, como se tivesse terminado namoro, como se tivesse descoberto uma traição. 

O pesar é tamanho! E não há a quem culpar a não ser a mim mesma. Virei o switch, mudei para 110V. De pilha alcalina, passei a bateria viciada. E não sei o que fazer. O socorro veio do lugar mais improvável (os prováveis estavam por demais ocupados com seus próprios interesses e mágoas).

Palavras sábias de quem se esperava imaturidade. Compaixão de quem se esperava desprezo. Atenção de quem se esperava descaso. Apoio de quem não se esperava nada.

A auto-reflexão levou a descobertas amargas. Mas o amargor foi adocicado pela presença do inesperado.

Um monte de blablabla que não vai trazer nenhuma solução.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Galhos Secos

Acho interessante a descrição do blog Em Jornada (http://emjornada.blogspot.com), de minha sócia, amiga e também jornalista Sarah Barros. Ela diz: "Diário das alegrias e tristezas no caminho que leva ao Deus Vivo e Verdadeiro". Nos últimos dias...não, meses...talvez anos, eu me descobri como expectadora do que eu chamava de "vida cristã". Por muito tempo as atividades haviam consumido boa parte de minha atuação "na obra de Deus", mas minha intimidade com Ele não passava de um riacho raso e quase seco.

Então, quando toda a confusão se instalou e quase me afasto por completo da igreja e de tudo o que eu acreditava ser o referencial de Deus para a sociedade, me vi cada vez mais distante do que eu acreditava ser o verdadeiro cristianismo. 

Ser salva, para mim, era ir à igreja, fazer algumas obras sociais e me desgastar, o quanto pudesse, para "trabalhar na igreja", para atender às demandas eclesiásticas, para cumprir meu papel de cristã.

Com perplexidade, resolvi olhar para mim e tentar encontrar aquela menina que se dedicou tanto a Deus e que se sentia próxima dEle, de qualquer forma. Não encontrei. Ao contrário, vi alguém que desconhece a Deus, que tem duas almas (o famigerado ânimo dobre de que fala a Bíblia) tentando buscar uma santidade hipócrita que não existe sequer para quem olha de fora.

Eu vi os meus pés e mão trabalhando sozinhos. Apoiados em suas próprias forças. E me descobri independente de Deus. Nos meus dias, a Bíblia não passava de um livro de cabeceira; a oração era um pedido de socorro que era para ser utilizado em momentos de desespero; e Deus era o meu faz-tudo porque, afinal, Ele é fiel, apesar de eu não ser.

Nessa trajetória, o mais difícil é reconhecer que se perdeu há muito no caminho e sequer sabe para que direção ir. O mais difícil é tentar manter a aparência que as pessoas pensam que você tem e equilibrar a máscara, até que o seu espírito, comprimido entre suas duas almas, chore baixinho, mas te fazendo escutar.

Nesta Jornada, como escreve minha amiga Sarah, é "custoso" reconhecer que você não é nada. Tantos aplausos, durante toda a vida, te fazem crer que você é suficientemente grande para resistir sozinho. Mas não. Quando deixamos a máscara cair ao chão e se partir e colocamos firmemente em nosso coração o desejo de conhecer a Deus pelo que Ele é e não pelo que Ele pode dar, só nos restam as lágrimas de arrependimento, remorso e dor. 

Analisando meu vazio, apesar dos meus 28 anos de cristã, descobri que o que Deus pode dar Ele o faz porque não deixa de nos abençoar mesmo se estamos longe. Mas Ele está ali, esperando, pacientemente, até que retomemos nosso caminho de volta para Ele. Porque, eu descobri, posso ter tudo o que sonhei, mas nada tem sentido se a presença de Deus não estiver comigo.

No caminho que leva ao Deus Vivo e Verdadeiro, estou descobrindo minha nova metamorfose. Uma transformação que achei que jamais precisaria passar: a de velho homem para a nova criatura. Estou aqui, Em Jornada, dia a dia retomando os passos que vão me levar ao caminho para a presença de Deus. Porque o restante Ele já deu e agora me espera pra buscar o que realmente importa: Ele.

Casting Crowns
The Altar And The Door lyrics
Songwriters: Hall, Mark

Careless, I am reckless
I’m a wrong-way-travelin’-slowly-unraveling shell of a man
Burnt out, I’m so numb now
That the fire’s just an ember way down in the corner of my cold, cold heart

Lord, this time I’ll make it right, here at the altar I lay my life
Your kingdom come but my will was done, my heart is broken as I...

Cry, like so many times before
But my eyes are dry before I leave the floor, oh Lord
I try but this time, Jesus, how can I be sure I will not lose my follow through
Between the altar and the door

Here at the altar, oh my world so black and white
How could I ever falter
What You’ve shown me to be right

I’m trying so hard to stop trying so hard
Just let You be who You are
Lord, who You are in me
Jesus, I’m trying so hard to stop trying so hard
Just let You be who You are
Lord, who You are in me