quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Meta-morfose

(Pois, então, foi isso. Eu estava esperando a Márcia voltar e ficar me perturbando para atuallizar o blog...hehehe)

Na verdade, caros leitores, não pude voltar aqui antes (mesmo depois de ter postado minha linda borboleta piscante) porque não sabia ainda como as coisas iam ficar. De idéias verdes (leiam o último post antes da borboleta) eu passei a ter situações verdes. E elas ainda não maduraram, mas, acredito que algumas coisas precisam ser ditas neste processo.

A parte da covardia não se instalou. Não precisei ter minha orelha puxada para me lembrar que precisava mudar de vida e de situação: não só minha mente ficou pulsando nisso, como o meu corpo também se rebelou. E é por isso que estou aqui escrevendo, descumprindo as ordens médicas de não digitar, motivo pelo qual me deu 12 dias de atestado. Independente do que digam meus caros colegas de trabalho, seja lá qual for o motivo, meu corpo perdiu arrego e dói por todo lado. Chegaram até mesmo a cogitar um reumatismo. Mas aí já era demais, mesmo para uma hipocondríaca incurável!

Acho que, menos do que uma rebelião, meu corpo está é se libertando da pressão que carregou nos últimos anos. Parece que minhas decisões foram de encontro a tudo que o meu sistema precisava e, agora, ele se sente aliviado para afrouxar as amarras do sentimento de responsabilidade perfeita.

Vou me explicar. Motivada, em partes pelas mensagens de um dos últimos posts da Márcia, em parte por ofertas mais atraentes, pedi demissão. Sim, isso mesmo. Quase quatro anos depois de voltar à empresa, pedi pra sair. O último ano, mais do que os outros, se tornou em enfado e estresse, tirando de mim todo o prazer que eu tinha em executar um bom serviço. Tudo isso, me levou a pensar, como várias vezes aqui descrito, se valia a pena tanto desgaste, se estava no caminho certo, se deveria continuar deixando que me sugassem até a última gota. Decidi, no dia 31 de dezembro de 2007, que não. Comecei o ano como uma demissionária.

Devo contar-lhes que uma mudança necessária não é menos dolorosa do qualquer outro tipo de mudança. Há, é claro, toda a incerteza do que virá pela frente; todo o medo de que seu plano (que plano? eu tenho um plano????!) falhe; todo receio de que as contas não sejam pagas no final do mês. Mas esse temor vem acompanhado de um sentimento estranho de paz e tranqüilidade. De uma certeza absurda de que tudo vai dar certo.

Na minha mudança fui pouco radical. Não chutei o balde e saí correndo, louca e sem roupa pela rua (tive um bisavô que fez isso....mas ele já estava caduco. Isso conta?). Não, sr. Conversei com meus pais, conversei com amigos, conversei com Deus. Todos me deram apoio. Ao que tudo indica, qualquer coisa será melhor do que ficar estagnada e ser brutalmente estafada com tantos afazeres.

Quanto aos planos, confesso que ainda estou mudando isso...na minha mente e coração. Deus tem sido meu companheiro nas horas de questionamento, de busca por respostas e por horizontes. Nada foi desenhado para fora da minha janela, até o momento. Mas vou continuar com minhas sessões terapêuticas com Ele...em breve, tenho certeza, poderei contar mais esse capítulo da história de mudanças que, espero eu, também influencie você a sair da sua zona de "conforto" e buscar o que VOCÊ quer, ainda que para todo o resto do mundo seja uma loucura, como largar um emprego.

Por enquanto, agreadeço à Márcia pela fonte de inspiração e a todos os amigos que se comprometeram a puxar as minhas orelhas. Continuem alertas: isto ainda pode ser necessário.

Mas, como eu disse antes, estou de atestado e não posso ficar por aqui, catando teclinhas com uma velocidade impressionante e barulhenta, por muito tempo. As dores recomeçaram....mas até elas me lembram que eu tenho um novo propósito de vida: descobrir o que eu quero como próximo passo.

Beijos! :-)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008


Olha só o que eu consegui..... "Borbuleta psicodélica foi Deus quem fez...."