terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Shortcuts

Na semana passada, deixem-me contar, tomei um caminho errado quando ia para o trabalho. Já fez isso? Alguma coisa te dizia para continuar pelo caminho que sempre faz, mas, não, você decidiu arriscar ir por uma outra rota, tentando fugir de um possível engarrafamento lá na frente. Mas enfim descobriu, depois de uma hora (se der sorte) parado no trânsito, que o atalho que você escolheu te fez demorar mais do que se tivesse ido pelo caminho mais longo. Pois foi isso o que me aconteceu.

Depois de passar no meio de um lamaçal, passar por cima da calçada, me perder num lugar desconhecido e pegar trocentos buracos na estrada de terra - sim, ainda existem em Brasília -, acabei caindo numa saída que me fez voltar no caminho que tinha feito, ao invés de me levar pra frente.

Isso me fez pensar se não tenho tentado, arduamente, confesso, buscar atalhos para a minha vida. Não quero nada que me prenda por muito tempo. Nada que pareça ser muito complicado ou longo para chegar aonde quero. O atalho é um corte que tentamos fazer no meio da estrada...passar pelo meio da floresta para chegar mais rápido à casa da vovó.

Deixa eu te contar o que acontece: o caminho mais curto nem sempre te leva mais rápido ao pote de ouro debaixo do arco-íris.

Já dizia alguém que a vitória tem um gosto melhor quanto maior for a luta que passamos para alcançá-la. Tudo bem que há dias que preferimos sombra e água fresca. Mas eis que é preciso trabalho duro para alcançar. Sim, só isto. ALCANÇAR.

Não firmamos relacionamentos de uma noite só. Precisamos de conversas, de telefonemas, de troca de emails, de saber ouvir quando preciso, de sair da superficialidade, de oferecer e receber o ombro quando a situação pede, de entender, de compartilhar, de conhecer.

Não conseguimos o "emprego dos sonhos" sem abrir mão de saídas, sem esmerar algum esforço, sem ser responsável, mesmo quando a situação não te exige, de estar disponível e disposto.

Os atalhos nesses casos, não nos levam a lugar nenhum. Ou melhor: te levam à metade do caminho e só. Não se fundem amizades duradouras em que não se caminha junto. Não se contrata pessoas que não têm interesse em galgar as escadas do crescimento. Gente mediana só serve para atalhos.... e ficar no meio do caminho.

O que eu estou querendo dizer? Bem, na verdade, estou tentando me fazer lembrar disso e não deixar que a preguiça do longo caminho me tire o prazer da conquista. Porque, afinal, "nessa longa estrada da vida", um dia a gente chega lá. E vai chegar quando estiver pronto para assumir a vitória com a aprendizagem de um caminho longo e tortuoso, mas que ensinou o que se precisa para levar o troféu pra casa.

3 comentários:

Marcia disse...

Impressionante como realmente procuramos avidamente pelos atalhos.
Mas como vc sabiamente disse, minha vizinha, eles roubam muito do aprendizado e do amadurecimento que são, na verdade, processos de toda uma vida....
Talvez tenhamos fixação pelos atalhos porque apresentam, pelo menos a principio, uma maior probabilidade de dor em menor quantidade.
E ainda não entendemos o papel necessário da dor em nossa existencia.
bjs!

Unknown disse...


Aprendemos ao vivo que não vale a pena pegar atalhos... rsrs

Ou, tem novidade no meu blog! :-D

beijos, ricardo

Tita disse...

Rs rs rs. Amiga, antes de tudo preciso dizer que, sentidos figurativos a parte, você não sabe andar em Brasília!!!! Pense em uma pessoa que pega caminho errado! A parte boa é que, no fim, você sempre chega, né?
Mas concordo, vamos pelo caminho. Já pensou se Jesus tivesse dito: "Eu sou o Atalho, a Verdade mais fácil e a Vida rápida"? =P