segunda-feira, 21 de julho de 2008

Excelência na paz?

Paz. Mudanças. Simplicidade....estive questionando a Deus o porquê de eu continuar me sentindo frustrada, triste e decepcionada comigo mesma. Se tudo está sendo feito corretamente, se estou atrás de um revés, o que, afinal, há de errado comigo?

Já me disseram que me falta um amor. A minha resposta é: "só se for amor próprio". Não acredito em uma filosofia de vida em que se depende de outras pessoas - que não sejam Deus - para se ser feliz. Caros, se vc não consegue ser feliz by yourself, não espere que o será só quando tiver outra pessoa com vc. Pelo contrário. Isso pode piorar a situação. Mas...já dizem os românticos, o objetivo do compromisso entre duas pessoas é buscar não a própria, mas a felicidade do outro. Altruísta e bonitinho. Logo, não. A resposta não está em "um amor".

Me disseram que poderia ser a estagnação profissional. Um emprego que você tem a liberdade que trabalhar sem ter de sair do seu quarto, acreditem, não é a oitava maravilha do mundo. Essa mistura entre vida pessoal e seu ganha-pão, te rouba as duas coisas: nem se foca no profissional, nem se desliga pro pessoal. Mas.....minha última mudança de emprego foi há 3 meses. Então, não pode ser estagnação.

Me disseram que é a falta de envolvimento na igreja. Vamos pensar...estou envolvida com o ministério de louvor, coral, missões e mocidade, para começar. Tem certeza de que é falta de atividade? Penso que não.  

Talvez, o meu problema seja exatamente isso: excesso de atividade. Excesso de funcionamento cerebral. Excesso de horas acordada. Excesso de produtividade.

Minha vizinha e amiga querida sempre me aconselha a fazer um "Break time". Eu sempre desconverso e, talvez, pelo prazer de contradizê-la, não levo muito a sério esta história do silêncio como uma necessidade. Mas eis que vos digo: me falta paz. 

Estudar sobre a paz, como estamos fazendo, me traz este questionamento: se ter paz com Deus, nos leva a ter paz de Deus e, consequentemente, paz com os outros, este "outros" posso ser eu mesma? A paz com/de Deus também se reflete entre mim e mim mesma, se é que posso dizer isto? Me diga, sábia coisinha vã, eu necessariamente deveria ter paz comigo????? 

terça-feira, 15 de julho de 2008

Celebração da simplicidade


Se você vier me visitar, não espere que eu te leve para conhecer a casa. Não é que eu seja mal educada e não saiba receber as pessoas. Não, sr. Mas, se levá-lo para o tour, obrigatoriamente terei de abrir a porta do quarto e você há de pensar que eu estive em guerra. 

Coleções de livros e revistas estão espalhadas pelo chão, roupas amontoadas num canto e a escrivaninha coberta de papéis, filmes, mais livros e mais revistas. Não, não estou em guerra. Bem, talvez esteja. Mas é contra mim mesma. Contra minha mesmice e comodismo. Contra minha preguiça e indisciplina. Estou mudando o quarto de lugar para poder começar tudo de novo.


Quebrar a rotina não é algo que se faz do dia para a noite. Leva algum tempo para você se acostumar ao novo modelo. Mas leva mais tempo ainda tirar tudo do lugar, limpar os cantinhos e reorganizar. Nessa brincadeira, encontrei antigos diários - com declarações assustadoras! - pilhas de material de estudo sobre trabalho infantil e terceiro setor, panfletos de missões, brinquedos que trouxe dos Estados Unidos e muito lixo.

Coisas que vamos guardando para um dia....quem sabe....usar ou aproveitar. Abri um plástico e joguei tudo fora. Vou usar agora? Não? Então, com licença que preciso de espaço. Espaço para pôr novas coisas que também serão guardadas por um tempo, ou até a próxima reciclagem de ambiente. O alvo, no entanto, é alcançar a simplicidade. Ter pouco agora para juntar mais no decorrer dos anos. 

Costumo dizer que a situação do meu quarto e do meu carro demonstram como está a situação do meu interior. E você se engana se acha que está uma completa bagunça e confusão em mim. Não. Este monte de coisas espalhadas no chão é só um aviso de que estou me repensando, me recriando e me limpando do velho para deixar o novo acontecer.

domingo, 13 de julho de 2008

Se possível, mantenha a paz com todos

Resposta a mim mesma: o que se busca? Paz ou mais guerra? Se é paz, vá atrás. Sempre vale a pena ser agente pacificador. Se é guerra, respire mais um pouco, engula suas lamúrias e abafe sentimentos.

Uma lembrança, apenas: seu nome - "Lenir"- é um verbo que significa "apaziguar", "suavizar". Como diz sua grande heroína, mais conhecida como "mamãe", lembre de quem você é! 

E no mais, que a PAZ de Cristo seja o árbitro em seu coração. 
;)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Guerra e Paz

Uma dúvida: quando acontece um desentendimento entre duas pessoas e, depois de alguma conversa, chega-se a um acordo de paz, ainda é válido trazer o assunto à tona novamente?

Estou dividida entre a suposta paz que envolve alguns relacionamentos e o desmonte que ainda existe dentro de mim. Pensamentos e sentimentos que me tiram do sério, me levam às lágrimas e me fazem querer o que não posso ter. 

Sou adepta da teoria de que se não esqueceu, não perdoou. Eu não esqueci. Eu ainda vivo o reflexo do mal-entendido, o estigma do "é sempre assim", o resultado do "deixa pra lá, não vale a pena". Mas não vale mesmo? Ou eu deveria ir atrás, dizer tudo o que está aqui, engasgado, me fazendo querer chorar toda vez que desligo o telefone?

Procuro eu pela confusão - de novo - ou me viro sozinha com esse sentimento de quem foi traído pela própria postura de não retrucar? Engulo este sapo e sigo meu caminho ou paro tudo e vomito minha chateação? Que bem, ou que mal me fará cada direção???

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um dito pelo não dito

"Melhor é contar as tristezas do que as alegrias. Com a dor, colhe-se solidariedade. Com a alegria, inveja".

Sacodindo a poeira

Às favas com esse pessimismo que me rodeia! Há semanas que não dou um sorriso honesto! De que adianta tantas coisas boas acontecendo se só as ruins é que me marcam?! Não, não, não! Chega dessa lamúria!

Não sei se pelo exercício que fizemos de só agradecer a Deus por tudo, durante dez minutos, ou se pela satisfação que senti ao acordar esta manhã, o fato é que desisti de ser triste. De lamentar, de reclamar, de só enxergar o que dói.

Hoje, eu vou vestir uma roupa fresca, correr em volta do parque, respirar novos ares, trocar meu celular (que é para as pessoas me ouvirem),  trabalhar com vontade, investir em mim, visitar amigos, me preparar pra o final de semana, cumprir minhas promessas.

Hoje eu vou olhar para a vida com mais entusiasmo! Deixar que os problemas se resolvam ao seu tempo, pagar as contas adiantadas, me livrar dos aborrecimentos, ler o manual do computador e parar de passar raiva com ele. 

Hoje. Hoje. Hoje! Que a alegria seja contagiante, o entusiasmo envolvente e a vontade de viver melhor realidade! E o exercício eu indico: tire, todos os dias, dez minutos para a agradecer a Deus simplesmente porque. Ponto. =D 

quarta-feira, 2 de julho de 2008

As coisas que não contamos

Tentei fugir, sabe, do tema de fortes e castelos. Mas me parece que fomos muito felizes quando começamos a discutir este assunto, no ano passado. Vez por outra, cá está ele de novo. Hoje é um dia para se pensar novamente no assunto.

Estava eu assistindo Grey's Anatomy ontem e, como quase todas as vezes que assisto ao seriado, estavam falando sobre guardar segredos até ao ponto de não se aguentar mais. E eis que me vejo na situação descrita. As coisas que não dizemos, que não contamos, deveríamos não contar a ninguém. É isso o que vem a ser um segredo. Mas não. Nós, como bons seres humanos, adoramos fustigar a curiosidade alheia e envolver o máximo de pessoas em nossas conversas.

Chamo isso de fofoca pessoal. Eu já fui vítima de mim mesma e sei que você também já foi vítima de sua própria língua. Como isso acontece? Amigos, amigos, amigos.

E onde entram castelos e fortes? Exatamente aqui. Vou levar um forte para a viagem, por favor. Hoje, minha preocupação não é que os outros me firam, mas que eu acabe ferindo alguém. Sei segredos de mais de todo mundo. É possível ter vários amigos e tomar partido de todos? É possível seguir o "código da amizade" e render sua solidariedade incondicional?

Estou encurralada pelo segredo alheio. E pelos meus próprios. Não julgo os amigos que preferem não falar. Por favor, peço, não falem. Não me envolvam em suas mazelas. Não me coloquem para escolher um lado do tabuleiro. 

A amizade eu mantenho e é sincero quando ofereço o ombro e os ouvidos. Mas por hoje, somente, eu peço: me deixem só no meu forte/castelo. Há segredos que o meu umbigo ainda não terminou de contar.