segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Gratitude pela Solicitude

Transcrevo para vocês o texto vencedor do Troféu "Joinha" no acampamento da MICB 2008, de minha autoria, por acaso, com o tema "amizade". Divirtam-se!

"Gratitude pela Solicitude 
(Um relato pessoal)

Em minhas memórias , vejo os dias tristes e confusos da separação. O dizer "adeus" à família que me acolheu por 10 anos foi seguido pela incerteza de um novo lar. Deixei para trás Cláudias, Luds, Luízes, dança, canto e paixão. E, errante, passei à solidão de um quarto fechado.

Um convite, numa tarde quente pós-plantão, levou-me a uma nova casa onde, de visita, passei a conhecida, a amiga e a irmã. 

Recomeçar não foi fácil, mas alguns abraços provaram ser possível encontrar nova confiança, novo grupo, novo amor, novo tudo.

Me enchi de Márcias e Márcias, Andréias, Juniors, Ismaéis, Stephanies, Talitas, Brunos, Tchainas, Rafaéis, Larissas, novas Silvias, Cláudias, Carlas, Fábios, Melissas, Priscilas, Isabelles, Leonardos, Alices, Fabrícios, Ricardos, Déboras, Jacks, Fernandas, Walneys, Islaines, Alessandros, Zecas, Aras e Arienes e outros que a cada dia vão sendo agregados.

Ombro a ombro, e em outras línguas, um rodeio de gente que caminha junto e que reconhece seus próprios atos.

Novas portas e cantos e danças e sonhos. Uma missionária que encontrou um quarto aberto com vida.

E hoje, olhando para o passado, sabemos que erros existiram na caminhada que me trouxe até aqui. Mas são perdoados pelo amor encontrado e pela percepção do cuidado que o Pai - de todas essas famílias - dedicou a mim.

Olhando para a irmandade que hoje me cerca, suspiro de alegria e alívio. E, com coração grato pela bondade e fidelidade, agradeço a Deus que me deu vocês como amigos".

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Dívida de tempo

Sentada há duas horas, tentando produzir uma informação, estou vendo o dia amanhecer. A noite está pela metade e os meus dedos me enganam ao digitar as palavras que não completam minhas tarefas.

Esta semana a procrastinação se vingou de mim: paguei por cada segundo desperdiçado. Cansaço, cansaço, cansaço. Tudo o que não foi feito em um mês foi, forçadamente, realizado em três dias. 

Bem feito pra mim e pra você. Pra mim, porque não me esforcei em me concentrar. Pra você, porque ainda não aprendeu com meus erros e está agora desperdiçando seu tempo lendo algo que não muda sua vida, sua opinião ou sua disposição, apenas com a desculpa de "descansar um pouco a mente". Encerro: não vale a pena. A preguiça é uma agiota ferrenha, que sempre encontra seus devedores.

Amanhã

Já pensou como seria a vida se pudéssemos viver sem pensar no amanhã? Como seria jogar os planos pela janela, usar o dinheiro só com diversão, trabalhar apenas se desse vontade, sorrir um sorriso despreocupado, não ser pressionado pela agenda do dia seguinte?

Se não houvesse amanhã, como diz a música, amaríamos mais? Seria diferente nossa maneira de agir? Perseguiríamos a felicidade do agora? Corrigiríamos erros, julgamentos, atitudes? Consertaríamos relações?

Como seria dormir sabendo que não haveria outro dia depois do sonho? Que prioridades elegeríamos? O que faríamos com o que nos sobra? 

Se amanhã, abríssemos os olhos e só um quarto vazio nos cercasse, que lembranças carregaríamos? Que amigos recordaríamos? Qual o primeiro nome que chamaríamos? Quem desejaríamos rever mais uma vez?

Pensando que hoje é o único dos seus dias, qual seria a sua preocupação? Com o quê se importaria? Que música escolheria como trilha sonora das suas 24 horas? Em quê, diga-me, em quê gastaria seu tempo???

O som da noite

Quando nada mais há para ser acrescentado, o silêncio deve ser solenemente respeitado.
Não se pode permitir, sequer, o ruído dos pensamentos.
É preciso negar o sussurro tentador da voz que não é sua.
Manter o foco e guardar o silêncio como um voto.
Preencher as horas com o segredo de você.
E deixar que as lágrimas caiam sem a pressão das palavras e o sentimentalismo dos sons.
Nessa hora, quando tudo é vazio, levantar os olhos aos céus,
agradecer por mais um dia de produção e de respirar,
virar para o lado e dormir.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sexta

Sob um céu avermelhado, nossas risadas inundaram o ar. Era som de festa, de alegria, de momento bom. Era som de comemoração....da minha vida!

Os amigos que se dispuseram a vir, à meia-noite para a missão de me fazer contente, divertiram-se numa piscina recheada de balões, de água morna e muito bolo de chocolate.

A sexta-feira começou assim: com gosto de novidade, de diversão e de previsão que o próximo ano será de mais VIDA!