Você abre a vida numa segunda-feira amarrotada e, de repente, percebe-se perdida de si mesma. Não conhece aquele rosto sorridente e aquela confiança elogiada.
Olha pra si e pergunta onde foram parar seus conceitos, suas defesas, suas crenças. Nada restou de quem um dia foi e que definiu seus passos até o presente?
Questiona o modo de pensar, de aceitar, de andar, de entender e de viver. Questiona as concessões, as palavras, os sentimentos e a razão. Questiona o eu, o ego e o apego. E as perguntas seguem vazias de resposta.
Não se lembra sequer quando foi que deixou de ser quem era para tornar-se o que é. Que mal havia na transformação? Que crescimento trouxe a metamorfose? Limpa o exagero do cenário geral e vê que nem tudo está perdido.
Usa a balança, a peneira e o "desamassador" do bom senso e com um longo e estralante bocejo, espreguiça, ciente de que a vida não é a mesma e que você não é a mesma, mas é preciso se adaptar até que tudo se torne normal durante o dia...
E saia logo dessa cama, que, como disse, hoje é segunda-feira!
Nenhum comentário:
Postar um comentário