segunda-feira, 26 de março de 2012

Interpretando o EU numa segunda

Você abre a vida numa segunda-feira amarrotada e, de repente, percebe-se perdida de si mesma. Não conhece aquele rosto sorridente e aquela confiança elogiada.

Olha pra si e pergunta onde foram parar seus conceitos, suas defesas, suas crenças. Nada restou de quem um dia foi e que definiu seus passos até o presente?

Questiona o modo de pensar, de aceitar, de andar, de entender e de viver. Questiona as concessões, as palavras, os sentimentos e a razão. Questiona o eu, o ego e o apego. E as perguntas seguem vazias de resposta.

Não se lembra sequer quando foi que deixou de ser quem era para tornar-se o que é. Que mal havia na transformação? Que crescimento trouxe a metamorfose? Limpa o exagero do cenário geral e vê que nem tudo está perdido.

Usa a balança, a peneira e o "desamassador" do bom senso e com um longo e estralante bocejo, espreguiça, ciente de que a vida não é a mesma e que você não é a mesma, mas é preciso se adaptar até que tudo se torne normal durante o dia...

E saia logo dessa cama, que, como disse, hoje é segunda-feira!

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