Ouvi neste feriado uma máxima que eu mesma já postei aqui: as pessoas se solidarizam com a tristeza, mas a alegria atrai mais a inveja. Doentio e real, a reação generalizada é esta.
No entanto, não quero falar da inveja, do mal, do desejo malévolo de ser melhor do que o outro, de não medir esforços para mostrar seu ego e ainda sorrir como se fosse isto grande vitória. Não. Quero falar de quando nos deparamos com a exceção, com o contrário ao senso comum. Quero falar da amizade desimpedida e da alegria contagiante e sincera.
É tão "normal" encontrarmos as palavras amargas contra nós quando destilamos felicidade, que é até um susto quando em nosso caminho se postam pessoas que te abraçam, se regozijam e pulam junto com você por causa da sua vitória.
A essas pessoas eu chamo de agentes do bem, carregadores de bálsamo e de personagens da contracultura. É você saber que pode contar com eles. As lágrimas que têm nos olhos quando você conta a boa nova é de alegria, de emoção e de admiração. O abraço que te oferecem não é de tapinhas nas costas, mas é afetuoso, caloroso, demorado, acompanhado de gritos, sorrisos e excitação.
Eles não estão na margem de sua vida e aparecem de vez em quando para rir com você. Eles são constantes, intensos, amáveis com os novatos, pessoas reais que fazem a vida ser mais leve. Eles influenciam e logo, até mesmos nós, que antes éramos invejosos, agora temos um sentimento sincero para compartilhar também a alegria, mantendo a fé de que foi Deus quem abençoou.
Ter destes no seu convívio é poder se chamar de bem aventurado. E deter em sua vida uma lista nominal daqueles que podem ser chamados de amigos.