terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

No corredor de Alice

Em um longo corredor, várias portas aguardam para serem abertas. O coelho branco passou, como sempre apressado e atrasado, mas os seus passos não puderam acompanhar seu saltitar para o mundo de Alice. Não. Desta vez, a escolha foi respirar e analisar as portas. Cada ranhura, cada modelo, cada tamanho e espessura.
Há uma chave pendurada no pescoço e pode ser que ela abra a porta que vai levá-la para aonde pretende ir. Mas, mais uma vez, se lembra que se forçar um pouco, ainda que a chave entorte, será possível descortinar qualquer novo destino. Mas a pressa em seguir o coelho branco te levou ao despenhadeiro uma vez e, agora, não é mais tempo de correr.
As possibilidades se aglomeram à sua frente, mas nada parece ter o mapa certo para o futuro. Esperar. Até quando? Não se sabe. Confiar? Não nos seus sentidos, mas na direção da paz. Feche os olhos e olhe para dentro de si. A resposta está no examinar-se. Atrás da porta está a confusão e a garantia. Basta decidir qual maçaneta girar.
Não, não adianta sentar no corredor vazio e chorar. Isso não vai resolver sua questão. Levante a cebeça, olhe para o alto, sinta o cheiro exalando por trás do invólucro. Defina seus passos, anote seus planos, trace uma meta, persiga o prazer de viver. Mas não se iluda: não é possível encontrar a saída pulando etapas. Não há pílulas vermelhas ou azuis para resolver sua indecisão.
Desista dos atalhos e do que é muito fácil. Sem comprometimento, investimento de energia e de tempo, não se vai a lugar algum. Pense e sinta. A decisão é só sua. E a satisfação está logo ali.

2 comentários:

Rafa disse...

Escolhas, escolhas e mais escolhas... a vida é assim mesmo.

O que me conforta é saber de todo apoio e suporte que tenho quando faço uma escolha errada (e já fiz muitas).

Com calma (e direção de Deus) você acerta a porta... tenho certeza.

Sinto saudade de ti sempre.

Bjos chefinha!

Unknown disse...


Pelo visto já temos respostas necessárias né? Que ótimo.

Com um pouco de oração e dois dedim de café tudo vai encaminhando pra serenidão divina...

beijos, ricardo