O caminho que eu tracei neste último ano de vida foi completamente diferente de todas as estradas que eu já tomei. Talvez, o que eu tenha feito foi adotar um ano quase sabático - "quase", porque ainda me parece impossível parar completamente -, onde, ao invés de correr pelo caminho afora, eu sentei ao lado da estrada poeirenta e esperei o sol se pôr.
Fora a poesia, o que fiz pode ter me desestabilizado um pouco, principalmente no início. Mas, com o passar dos dias, fui retomando o equilíbrio e descobrindo que eu posso, sim, reduzir o ritmo e conseguir relaxar sem parar de produzir.
Os amigos, mais uma vez, foram essenciais neste momento. Não apenas para me ajudar durante as crises de abstinência do vício alucinante do trabalho, mas também para me fazer rir, brincar, descobrir segredos de mim mesma.
Como eu disse a um precioso amigo longíquo esta semana, eu agora sei quem eu sou e o que eu quero. Talvez essa certeza esteja mais no discurso do que na percepção. Mas já é um alívio poder ter este tipo de constatação, mesmo que, num primeiro momento, apenas teoricamente.
Estou tranqüila. Essa é a verdade. E feliz porque o caminho que eu escolhi seguir finalmente parece ser a estrada certa, que vai me tirar do círculo vicioso e vai me levar direto para o início da minha vida, a vida pra valer. =)
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