terça-feira, 2 de março de 2010

No topo da montanha

Acelerado, o coração pulsou. Era mais um dia ensolarado, de um calor seco que nem mesmo a brisa mais cândida conseguiria aplacar. Ainda assim, as mãos suavam frias e nas pontas dos dedos ainda se sentir o vibrar emocionado das lágrimas recolhidas.

Num dia nublado, como em um céu paulista, a alma amanheceu dormente. Apática a qualquer sentimento ou situação. Deu de ombros aos sonhos difícies e longíquos e estagnou-se à ideia de que tanto fazia estar ali ou não.

Os olhos marejados se fecharam, amargurados, em um dia de chuva forte. Os relâmpagos brilhavam lá fora, sob o rugido dos trovões. Choravam o moribundo coração que não se reconhecia mais, envolto em apatia e frieza.

Como um calor sufocante, o sorriso apareceu. Nasceu assim, de uma ideia inesperada. De uma possibilidade desejada. De uma figura imaginada, mas que nunca apresentou o frescor da realidade estampada.
Nasceu assim, da vontade de liberdade e da conquista do almejado segredo: superar a sobrevivência e, em plenitude, viver novamente.

2 comentários:

QG disse...

Gostei do seu blog!
Se quiser dar uma olhada no meu e colocar-se como seguidora, fique à vontade: http://literaturasdomundo.blogspot.com/
Bjos

Beatriz Lamas Oliveira disse...

que raio de tempo mais desaforado!!!faz tudo:ele chove,ele faz calor,ele solta relampagos,ele neva,ele..você por acaso não faz o boletim meteorológico???